quarta-feira

QUANTO À COMUNICAÇÃO

De acordo com Nunes (2003), 65% das crianças com seqüelas de Paralisia Cerebral têm dificuldade ou até incapacidade absoluta de mover o aparelho fonoarticulatório de forma a produzir qualquer palavra inteligível.
Há alunos que embora apresentando elevado nível de compreensão receptiva da linguagem, evidneciam dificuldades acentuadas na fala e/ou na escrita, necessitando para sua interação, o uso de outras formas de sinalização e códigos (comunicação alternativa), utilizados como meio facilitador do processo ensino-aprendizagem.
A expressão Comunicação Alternativa e/ou Suplementar vem sendo utilizada para designar um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionados às pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala (BRASIL, 2004, p. 4).
A Comunicação Alternativa oportuniza a esse alunado participar das aulas, indicando ao professor o que aprendeu, externando suas dúvidas e anseios, debatendo assuntos pertinentes e de seu interesse.
Os pesquisadores e estudiosos dessa área nos apontam dois caminhos para a comunicação: a comunicação apoiada e a comunicação não apoiada.
A comunicação apoiada englobaria todas as formas de comunicação que possuem expressão lingüística na forma física e fora do corpo do usuário, como objetos reais, miniaturas de objetos, pranchas de comunicação com fotografias, fotos e outros símbolos gráficos e, ainda, os sistemas computadorizados. Esses são os recursos adaptados. A comunicação não apoiada englobaria as expressões próprias daquela pessoa, tais como os sinais manuais expressões faciais, movimentos corporais, gestos, piscar de olhos para indicar "sim" ou "não". Esses são os recursos da própria pessoa. (BRASIL, 2004, P.5)


Fonte: Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação, Departamento da Educação Especial.

Fundamentos Político-Pedagógicos da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos - Documento Preliminar - 2005